terça-feira, 15 de janeiro de 2008

À morte

Não era como os outros,
Não era como ninguém,
Não agia como aqueles,
Não amava o que amavam,
Não ouvia o que ouviam,
Não pensava como pensavam,
Sentia a dor de outra forma,
Como alívio – não como prazer
Para ele a vida era sombria,
A morte – a única saída,
Até nascera de outra forma,
A mãe não o dera à luz,
O entregará à escuridão, à vida,
E agora esperava, só esperava,
O dia certo, a hora chegar
Para que então se entregasse à luz,
À luz do outro lado,
À paz do sono eterno,
À morte!

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